O investimento da empresa neste ano deve focar na mina de Itataia, que fica entre os municípios cearenses de Santa Quitéria e Itatira e deverá começar a operar em dois ou três anos.
Redação O Otimista redacao@ootimista.com.br
Mina de Santa Quitéria (Foto: Divulgação)
A brasileira Galvani deseja expandir a produção de matérias-primas para fertilizantes e ampliar seu faturamento nos próximos três anos. Conforme o CEO Ricardo Neves, em entrevista ao Valor Econômico, para chegar a US$ 350 milhões em vendas até 2024 a companhia conta com as ofertas adicionais que virão das minas de Santa Quitéria, no Ceará, e em Irecê, na Bahia.
A receita da empresa foi de R$ 500 milhões (2019), com o foco concentrado no Matopiba (confluência entre os Estados do Maranhão, Tocantins Piauí e Bahia). O investimento da Galvani neste ano deve focar na mina de Itataia, que fica entre os municípios cearenses de Santa Quitéria e Itatira e deverá começar a operar em dois ou três anos. Com as matérias-primas da mina, a empresa será capaz de produzir anualmente 750 mil toneladas de fertilizantes fosfatados e 270 mil toneladas de bicálcio.
“Nosso ponto de estrangulamento no projeto Santa Quitéria era a fábrica de ácido sulfúrico, que já decidimos fazer com ‘revamp’ [capacidade melhorada] de 30% ante o projeto original. A fábrica, modular, já está desmontada e será erguida a partir do fim do ano que vem”, disse Neves ao Valor. Conforme o CEO, a maturidade do projeto deverá ser alcançada em 2026. Idealizado em meados de 2009, o empreendimento depende de licença prévia do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Para tirar o projeto do papel, a Galvani e outros investidores privados aportarão US$ 315 milhões, ou 80% do total necessário. O porto de Mucuripe, em Fortaleza, será usado para alimentar a operação com matérias primas e para levar por cabotagem parte da produção de adubos pela calha Norte do país, para mercados como o norte e o nordeste de Mato Grosso e o Pará.