O setor portuário ainda é majoritariamente masculino, mas elas estão escrevendo uma nova história não só na área administrativa, mas na operação também. Neste 08 de março, Dia Internacional da Mulher, a Companhia Docas do Ceará vai contar e mostrar por meio do vídeo como é o dia a dia de Ranna Allen, Genovena Ferreira Costa, Elany Almeida e Sara Cristina Leite Pinheiro Fernandes. Em nome delas, a CDC presta uma justa homenagem a todas as mulheres portuárias do país.
Única mulher no Núcleo de Polícia Marítima (Nepom), com base no Porto de Fortaleza, e também no Grupo de Pronta Intervenção da Polícia Federal no Ceará, a papiloscopista Ranna Allen atua há 18 anos como agente de fiscalização do órgão. Ela conta que o trabalho não parou na pandemia, uma vez que o modal marítimo foi considerado uma atividade essencial e as movimentações de cargas funcionam 24 horas por dia. Admirada por seu profissionalismo e respeitada entre seus pares, Ranna consegue encontrar o equilíbrio para dar atenção à sua família.
Empoderamento não falta na área operacional do Porto de Fortaleza. Outro exemplo é a analista tributário da Receita Federal do Brasil, Genoveva Ferreira da Costa. Conhecida como Gena, ela é a única mulher que integra a Equipe de Vigilância e Repressão (EVR) por aqui. E seu dia a dia vai além do escritório localizado no Núcleo de Apoio Portuário (NAP), por onde entram e saem os caminhões. Por ser uma área alfandegada, todas a cargas que transitam no porto passam por um scaner. Caso a EVR tenha alguma suspeita de ilicitude, a carga é vistoriada e somente depois liberada no caso de estar tudo correto. “Os homens lidam muito bem com a minha presença, com respeito e cordialidade. Os tempos mudaram!”, afirma.
Na área de escaneamento das cargas, quatro mulheres revezam o trabalho com outros quatro homens. Elany Almeida, de 37 anos, é uma delas. Há dois anos trabalhando como operadora de equipamento no Porto de Fortaleza, ela se diz realizada profissionalmente. Nessa área é necessário ser formado em tecnólogo ou técnico em Radiologia, além de um curso complementar de Radioproteção oferecido pela empresa contratante, que habilitará a pessoa para operar o equipamento. Sua carga horária é de 4 horas.
Com uma vista privilegiada, em linha reta para o mar azul que permeia o Porto de Fortaleza e nas laterais o píer petroleiro com seus gigantes navios carregados de granéis líquidos (gasolina, GLP, nafta, diesel, entre outros), Sara Cristina Leite Pinheiro Fernandes é umas duas mulheres que trabalham como inspetora de segurança neste modal marítimo. Graduada pela Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante (EFOMM), ela conta que após cinco anos trabalhando em navio mercante, hoje está em terra firme e o mar à sua frente. “Nós verificamos a parte de segurança das operações, incluindo abastecimento e se está tudo sob controle com a programação do navio dentro do terminal”, conclui.
Seja no Porto de Fortaleza ou em outro porto, as mulheres estão, sim, fazendo a diferença!
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