Uma das manutenções mais importantes realizada no Porto de Fortaleza são as boias de sinalização náuticas. Elas flutuam pela superfície do mar, formando um canal de acesso para a entrada e manobra dos navios com segurança. Ao todo, são 12 boias que ficam enfileiradas - a distancia entre elas sinalizam a largura do canal com distancia de 200 metros - e possuem lanternas de iluminação, localizadas no topo do equipamento com alcance de cinco milhas náuticas e alimentação de painéis solares.
O equipamento consiste em blocos de concreto que ficam ancorados no fundo do mar com posições geo referenciadas, conhecidos como poitas; lanternas nas cores vermelha (encarnada) e verde, que à noite são alimentadas por baterias ligadas a painéis solares com emissão de lampejos em intervalos pré-determinados balizando o canal de acesso ao porto; e correntes responsáveis pela fixação da boia a poita.
De acordo com a Coordenadoria de Infraestrutura e Gestão Portuária da Companhia Docas do Ceará, sem o equipamento, o prático não realiza a operação de manobra para a entrada no porto. Das 12 boias no Porto de Fortaleza, quatro são boias BLE, que são maiores e estão na dianteira. A distância de uma boia para outra está em, aproximadamente, 60 metros. Levando em conta que a largura de um navio é de 30 a 40 metros, o afastamento dá maior folga para que o prático faça toda a movimentação de entrada no canal.
A sua iluminação é feita mediante localização. Se a luz for vermelha (encarnada), sinaliza que aquele é o lado esquerdo e, no lado direito, a luz muda para a cor azul. As lanternas que iluminam as boias são importadas e tem alcance de cinco mil milhas náuticas, facilitando o avistamento à noite. Painéis solares estão inseridos nas placas que alimentam a energia das lâmpadas.
Devido sua importância para o setor marítimo, são tomados os devidos cuidados para a manutenção do equipamento. Mensalmente, são verificadas as baterias, as lanternas e correntes. A retirada de uma boia do mar é feita segundo um planejamento anual, onde as boias são içadas para a terra e levadas à oficina para um jateamento, pintura e substituição de itens, se necessário. No lugar, sempre é posta uma outra sobressalente. Para a manutenção do equipamento, a praticagem e a Marinha do Brasil são comunicadas e emitem um “Aviso aos navegantes”. Todo o processo dura, em média, 15 dias.
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