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Porto de Fortaleza

Mayhara Chaves media painel sobre “Portos: Um Olhar para o Futuro” dentro da programação da Expolog




Com mediação da diretora-presidente da Companhia Docas do Ceará e presidente da Associação Brasileira das Empresas Portuárias e Hidroviárias, engenheira Mayhara Chaves, o 6º painel da Feira Internacional de Logística e Seminário Internacional de Logística teve como tema central “Portos: Um Olhar para o Futuro”. Este foi o segundo dia de evento híbrido, com parte da programação acontecendo no Centro de Eventos do Ceará. Organizado pela Prática Eventos, a 16ª edição da Expolog 2021 focou durante dois dias (ontem e hoje, 24 e 25/11) na “Logística Nacional e Internacional – Cenários e Desafios”.


De acordo com Mayhara Chaves, o setor portuário nacional e internacional tem buscado muito por inovação e melhores práticas. “Hoje, a Companhia Docas do Ceará trabalha o desenvolvimento como um todo, o que chamamos de Porto Inteligente. E o que difere do Porto 4.0, é que vamos além de um porto conectado, onde nos preocupamos com o meio ambiente e a gestão de pessoas, por exemplo. Pensamos muito nos nossos colaboradores, o que resultou significativamente a quantidade de horas treinadas. São vários pilares que trazem o Porto de Fortaleza para um patamar de Porto Inteligente”.


Ainda sobre a CDC, a diretora-presidente lembrou que ao assumir esse desafio profissional recebeu um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), em que apontava mais de 90% da área do Porto de Fortaleza não arrendada. E com o aval e empenho do Ministério da Infraestrutura, os arrendamentos e leilões sob a estrutura do Governo Federal passaram a acontecer mensalmente. “Estamos tentando trazer a iniciativa privada para dentro das autoridades portuárias e uma das metas que me foi incumbida, foi de aumentar os nossos arrendamentos, aumentando os investimentos”, destacou Mayhara Chaves.


Outro tema bastante atual no contexto do painel mediado por Mayhara Chaves é sobre desestatização. A diretora-presidente da Companhia Docas do Ceará comentou que sempre é indagada se a CDC está incluída nesse processo tocado pelo Ministério da Infraestrutura, ressaltando que até o momento não há perspectiva nesse sentido, mas que o acompanha os desdobramentos no sentido de corroborar e trazer esse desenvolvimento para o Porto de Fortaleza.


Por sinal, o painel foi bastante enriquecedor, já que contou com explanações do diretor de Gestão Portuária da Companhia Docas do Rio de Janeiro, Mário Povia; do presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária; Ted Lago; do presidente do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), Carlos Autran de Oliveira Amaral; e do presidente da Administração dos Portos de Sines e do Algarve e da Associação dos Portos de Portugal (APP), José Luís Cacho.


Entre as contribuições deste painel, destaque para a fala de Mário Povia. Ele observou que para falar do futuro dos portos, é preciso observar como está o presente e navegar um pouco no passado. “No passado, nós nos acostumamos a misturar um pouco as palavras gargalos e portos. E o setor portuário nacional era um dos entraves para o desenvolvimento do nosso comércio exterior. A partir de 2012, com a Medida Provisória 595, viramos essa página e passamos a permitir terminais privados, independente de cargas próprias. No futuro nós teremos mais tecnologias agregadas às operações, digitalização de processos e produtos, e medidas fortes no sentido de desburocratizar tudo isso”, pontuou. Povia destacou, também, o trabalho do Ministério da Infraestrutura, que tem designado gestores competentes nas autoridades portuárias e tratado o setor de transporte como tem que ser, de forma holística, como política pública, planejamento centralizado, visão multimodal e com foco na eficiência e na desburocratização.



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