Giuliano Villa Nova - economia@ootimista.com.br
No Ceará, o sol brilha e o vento sopra 365 dias por ano. Além disso, nossas praias têm belezas conhecidas no mundo inteiro, somadas à hospitalidade e à gastronomia de nível internacional. Esses são alguns fatores que trazem perspectivas de recuperação para o setor turístico, que em 2020 sofreu com a queda no movimento de turistas, devido à baixa quantidade de voos, e a necessária rigidez dos protocolos de prevenção à Covid-19, que, entre outros aspectos, cancelou festas públicas e limitou a ocupação dos hotéis. Para Ivana Bezerra Rangel, presidente do Visite Ceará, ainda é difícil fazer projeções para 2021, mas ela mantém a confiança. “Estamos matando um leão por dia, mesmo assim, estou muito otimista. 2020 trouxe muito aprendizado. Primeiro, que ninguém pode se acomodar, por melhor que esteja o seu negócio”, destaca Ivana Bezerra.
A presidente do Visite Ceará ressalta que todos os integrantes do setor aprenderam grandes lições no ano que está terminando. “Percebemos mais do que nunca que a união faz a força. Precisamos, independentemente do segmento, estar unidos, com parceiros e concorrentes. Na hotelaria e na área de eventos, de uma forma ou de outra, todos se ajudaram, fazendo com que a crise se amenizasse. E isso com certeza vai trazer consequências positivas para 2021”, projeta.
A dirigente conta que a crise da pandemia fez com que muitos empresários inovassem. “Muitos mudaram o negócio, ajustaram o foco de atuação, novos negócios surgiram dentro dos que já existiam. Enfim, aprendemos a correr atrás, porque ficar parado não dava certo”, observa. “Talvez no início de 2021 ainda existam dificuldades, mas no decorrer do ano a gente vai conseguir respirar com mais tranquilidade. O turismo do Ceará tem as belezas naturais a seu favor. Além disso, esperamos ter, como sempre tivemos, apoio do governo municipal e estadual para a divulgação e promoção do nosso destino. Com isso a gente com certeza colherá bons frutos, pois as pessoas estão mais do que nunca precisando sair de casa, e nada melhor do que uma praia no Ceará”, observa Ivana Bezerra.
Logística
O setor logístico é um dos pilares do crescimento econômico do Ceará. O estado pode se considerar privilegiado, pois possui dois portos de grande relevância na navegação brasileira, o Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante, e o Porto do Mucuripe, em Fortaleza. Apesar dos impactos devido à crise do covid-19, ambos portos têm motivos para considerar 2020 um ano de realizações.
O Mucuripe movimentou mais de 3 milhões de toneladas de cargas, entre as quais se destacaram minérios, combustível, pescados, frutas e granéis sólidos cereais e não cereais. Para a diretora-presidente da Companhia Docas do Estado do Ceará, Mayhara Chaves, 2020 termina com um saldo positivo para o complexo portuário. “Finalizamos o ano com a sensação de dever cumprido, de que fizemos o nosso papel de porto público, de prestar um serviço à sociedade. O ano iniciou com grandes expectativas, mas fomos surpreendidos pela pandemia, e mais uma vez nossos trabalhadores deram resultado e mostraram o que a gente consegue fazer”, elogia a dirigente.
“O Mucuripe é um porto fundamental, que movimenta e traz desenvolvimento para a economia do estado, da cidade e de toda a região. Em 2021 serão muitos desafios, mas muitas realizações. Temos muitos planejamentos e realizações pela frente, como o leilão de arrendamento das áreas Muc01 (armazém de trigo) e Muc59 (misturadora de combustível) “, projeta Mayhara Chaves.
Fonte: O Otimista
Comments